Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa, não é fácil. ARISTÓTELES

sábado, 2 de julho de 2011

IMPUNIDADE E INEFICIÊNCIA


Tudo bem que já convivemos com impunidade disseminada em nosso país há tanto tempo que já nem nos admiramos mais quando vemos leis são mudadas e manipuladas por nosso legislativo e executivo.
Mas o que está ocorrendo no DF na área do trânsito é o cúmulo da incompetência gerando impunidade, logo aqui que a mais de dez anos somos referência nacional utilizando o cinto de segurança, respeitando a faixa de pedestres, não buzinando por qualquer besteira e estaríamos no mesmo caminho no que se refere a aplicação da lei seca, onde o DF é proporcionalmente uma das unidades da federação que mais autua motoristas que conduzem embriagados. Números do DETRAN-DF apontam que 36 condutores foram autuados diariamente somente por embriaguez no Distrito Federal.
Então cadê a incompetência? A incompetência está na demora dos processos contra os infratores, que chega há durar um ano e oito meses, e isto tem um motivo. Dos 955 funcionários do nosso DETRAN, apenas três deles fazem o protocolo, a autuação e a classificação de cerca de 50 mil processos administrativos. Desse montante, pelo menos 10 mil são condutores flagrados dirigindo embriagados colocando em risco a vida de todos os outros em trânsito.
Como um órgão governamental deste tamanho (menos de mil funcionários), não consegue ser gerido com EFICIÊNCIA, um dos princípios básicos da administração pública. E o pior que é uma escalada de mal serviços prestados onde o superior deste gestor do DETRAN não faz bem feito e não é cobrado por isso. Como vamos sair deste círculo vicioso onde ninguém cobra ninguém. Ninguém toma para si uma postura de gerente, responsável e servidor público.

Enquanto ninguém faz isso, mais e mais pessoas vão sofrendo as conseqüências deste absurdo, desta impunidade causada por incompetência que gera uma sensação de que não existe fiscalização. E o número de mortes no trânsito vem aumentando mesmo com o maior rigor nas fiscalizações. Somente nestes três anos no DF mais de 140 vidas foram poupadas com esta fiscalização da lei seca, quantas mais poderiam ter sido salvas se nossos eleitos fossem minimamente eficientes. Até quando esta situação vai perdurar por aqui?
Continuo por aqui, meditando, e ainda em dúvida quanto a voltar à selva de pedra que parece a cada dia mais descontrolada.

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